Encontro de

 

                                 Filosofia Clínica

 

                                                       Grécia/setembro de 2009

 

                                                      

 

Depoimentos e imagens de alguns colegas:

 

 

A viagem começou quando ao arrumar a minha mala, fiz alguns questionamentos: como será a primeira vez, viajar de avião e também estar com um grupo de 38 pessoas diferentes? Será que vou interagir com o grupo ou vou ser discriminado por ser de um Estado pequeno? Após essas indagações, respirei fundo e pedi a Deus que me guiasse por todo o trajeto, com firmeza.

Dia 18 chegamos a São Paulo, fomos recebidos por Lúcio Packter e apresentados a uma parte do grupo. Comecei a perceber que todos estavam com o mesmo objetivo. 

Dia 19 em Guarulhos encontramos todo o grupo. A adrenalina  automaticamente subiu, diante de gente estranha e saindo do meu país pela primeira vez. Volto a me questionar: como será minha chegada na Grécia? Falar grego é muito difícil, vou usar o que eu sei de inglês.

Chegando já pude ver que não passavam de dúvidas os meus pensamentos, tudo era bem mais fácil, até porque o brasileiro aonde chega é bem recebido, desde que não seja atrevido. Dia seguinte fomos visitar o Canal de Corinthos, fiquei encantado com tanta beleza, não sabia se pensava na filosofia ou se flutuava em toda aquela riqueza natural.  Ao chegar a Acrópoles, uma energia vibrante em frente a todo aquele monumento arqueológico cultural. A Vila de Kalambaca, muita bonita, e os comerciantes e bares... todos muito atenciosos com o turista.

Enfim, toda a viagem foi cheia de surpresa e beleza. Aqui deixo o meu abraço a Lúcio Packter e a todos aqueles que partilharam essa viagem.

 

Antonio (Teresina)

 

Arco de Adriano, Atenas

 

 


 

 

Querido Professor Lúcio!

 

Sinto-me completamente realizada nesse ano de 2009. Consegui superar muitos bloqueios existenciais, vejo-me trilhando caminhos que me levarão a um crescimento interior sem precedentes, realizei meu maior sonho: conhecer esse mundo fantástico que é a Grécia. A viagem pela parte continental foi maravilhosa, muito além da minha expectativa. A memória da história da humanidade mesclada com elementos mitológicos torna a Grécia um país encantado e fascinante.  Seus monumentos antigos, tesouros, sítios arqueológicos encontrados a céu aberto pela cidade e em muitas regiões, tradições ainda preservadas, ilhas, mosteiros construídos em imensas rochas, uma série de particularidades invisíveis ao olho humano deixam o ar impregnado de uma sensação mágica e intraduzível. Molhar os pés na água do Mar Jônico e do Mar Egeu fez-me retornar à época do início dos cristianismo e deixou-me com uma tranqüilidade como se tivesse lavado a minha alma. Estou plena e feliz!

 

Bernadette (Fortaleza)

 

 

artesanato grego no continente

 

 

 

flores e abelha na Grécia continental

 

 


 

 

Essa frase (foto abaixo) está escrita no albergue da Rua do Hospital, a duas quadra da Rambla principal ponto de encontro em Barcelona. Ela está escrita em três idiomas , catalão, inglês e espanhol.

Na nossa viagem à Grécia, onde 34 filósofos clínicos e alguns convidados foram ver na prática aquilo que estudamos em livros, sobre o Parthenon; onde Sócrates viveu e morreu, Platão, Aristóteles, Diógenes... onde o apóstolo Paulo pregou  o Deus desconhecido. Estivemos em Corinto, Olímpia, no Oráculo de Delfus, passamos por Meteora alem de outras cidades não menos interessantes. e retornamos a Athenas.  Visitamos museus, sítios arqueológicos, livrarias bibliotecas .... Quanta informação que se transformaram em conhecimento em tão pouco tempo.

Algumas vezes me pergunto:

 Se viajar é o sonho de oito em cada dez pessoas, então porque tão pouca gente viaja? Custo das passagens, hotel, tempo disponível... afinal, o que leva algumas pessoas a sonhar em viajar e não viajar?

Viajar, para mim, é o melhor modo de se aprender geografia e história, conhecer novas línguas, novas culturas, novas arquiteturas, gastronomia, frutas, fauna, flora, conhecer gente diferente, importante, inteligente, conhecer melhor colegas de turma, expandir a mente. É uma universidade prazerosa.

Convidei uma amiga para ir a Grécia conosco e ela me disse que não poderia ir porque precisava trocar seu carro. Cada um com suas prioridades, porém se o sonho é viajar, porque trocamos o sonho por coisas?

Essa viagem à Grécia, para mim, foi o modelo de aprendizado mais rápido, onde uniu teoria e prática. Foi um sonho realizado.

 Estamos juntos

 Beto (Criciúma)

 

 

inscrição no albergue em Barcelona

 

 


 

 

Buda disse: “a vida é uma viagem”, e por viver esta verdade, com um estalo de dedos, acionei o mago da minha lâmpada mental e ele me estendeu um tapete metálico que me conduziu a milhas de distância.

“Longe é um lugar que não existe”, disse um poeta. Como num passe de mágica, em 10 dias percorri uma distância impressionante, sem contar aquela do ponto de partida e chegada em Teresina, passando pela Cidade Maravilhosa e pela Atenas brasileira.

Saí do Brasil com a satisfação de estar enriquecendo minha historicidade com estes adesivos históricos e retornei com a certeza de não ter apenas viajado e “viajado”, mas de ter aprendido com Marcel Proust que “a verdadeira viagem de descobrimento não consiste em buscar novos caminhos senão em ter novos olhos”.

Mergulhei no rio da observação e do comportamento respeitoso, fiel aos meus valores, expostos em atitudes de reverência ao passado e presente gregos. Quem eu sou? Quem somos nós, que juntos construímos esta jornada? Cada um sabe de si, das motivações e dos resultados obtidos; singulares, alguns compartilháveis; outros, tão somente, entendíveis pelo Deus Desconhecido a quem agradeci com orações e lágrimas, não compreendidas por alguns mortais.

 

Célia (Rio de Janeiro)

 

imagem parcial de Atenas

 

 

 

 

escultura de um deus grego

 

 

 


 

 

O sentimento experimentado por mim durante esta indescritível interseção durante o tempo que estivemos juntos, na nossa viagem a Grécia , em setembro de 2009 , foi de uma intensa alegria espiritual. Esta percepção foi derivada da convivência com nossos colegas, filósofos clínicos plenos de sentimentos altruístas. 

 

Este sentimento, raro nesses tempos pós-modernos de forte individualismo, consiste em viver e agir pelo interesse de outros ao invés do interesse próprio. Este sentimento é oposto do egoísmo, doutrina visa o atendimento dos próprios interesses acima de qualquer coisa.

 

O altruísmo era evidente no comportamento alegre, despojado e desprendido dos colegas, assim como nos seus depoimentos de experiência com os seus compartilhantes. Alguns colegas   mesmo já aposentados  dedicam  grande parte do seu tempo a se aprimorarem espiritualmente  e compartilhar  as  alegrias e dores  do cotidiano com outras pessoas que sequer tiveram nenhum contato anterior. 

 

Portanto, para mim esta viagem foi tipicamente atemporal, pois enquanto o nosso corpo estava no século XXI, nosso espírito passeava no tempo e no espaço com nossos filósofos, heróis e deuses gregos. Enquanto nossa carne era saciada pelo vinho, pelo azeite, pela culinária grega, nossos sentidos era brindado com um belíssimo azul do céu, pelo mar multicolor e nossa audição pelo vento suave e em certos momentos sentindo o precioso silêncio grego.

 

O nosso espírito estava em comunhão com Anaximandro, com Platão, com Sócrates, com Ulisses e Aquiles, Teseu, Dionísio e observados por Zeus, Atenas, Afrodite e tanto outros deuses lá no Olímpio. Retorno aos meus afazeres em paz, embora eu saia dessa experiência com mais duvidas e perguntas do que com certezas. Saio com tranqüilidade e agradeço aos deuses Ex corde por ter permitido, durante este período, ter estado em companhia, ab initio, com os paleo-gregos e os neo-gregos.

A todos vocês o meu agradecimento por nos ter  proporcionado momentos inesquecíveis:

 

Eliana e Pedro (Salvador)

 

 

estátuas pelas calçadas de Atenas

 


 

 

 

1- “Os pássaros é que são felizes, pois voam com liberdade”

 

         Sempre tive inveja dos pássaros. Olhava-os voando e pensava: Seria feliz como os pássaros se pudesse voar. Que vontade sentia de planar no ar, olhar o mundo lá de cima e contemplar do alto exatamente tudo o que desejasse.

         Provavelmente muitos homens pensaram da mesma maneira e criaram várias formas de suprir essa necessidade até que inventaram o avião. Abençoados sejam todos os homens que dedicam suas vidas investigando formas para realizar seus sonhos.

         Lutando pela realização dos meus sonhos, fazendo uso das descobertas do passado (avião, ônibus, barco) viajei durante uma semana pela Grécia. Tínhamos uma meta comum, ainda que implícita: Ser feliz!

         Talvez todos tenham alcançado e realizado essa meta; talvez nem todos; mas descreverei a seguir o meu momento: Participei, durante essa viagem, de um  ¨ Cruzeiro de um dia ¨  por três ilhas Gregas ( Poros, Hydra e Egina) cercada por pessoas de todas as partes do planeta, que aparentemente tinham o mesmo desejo: Realizar seus  sonhos.

         A viagem foi muito rápida e poderia até ser desperdiçada se focássemos apenas em razões para não fazê-la ou em razões para não recomendá-la aos outros. No entanto, não foi esse o meu foco. Como disse antes minha meta era ser feliz e nisso investi meu tempo.

         Aproveitando cada momento, percebendo cada oportunidade de sorrir e compartilhar minhas alegrias com as pessoas que me cercavam. Passei por esse ¨ Cruzeiro de um dia ¨ como quem caminha num deserto em busca de um Oasis. Cumpri, assim, minha meta e experimentei durante a viagem a desconstrução de minha armadilha conceitual:  Estava sentada, admirando o mar quando uma gaivota passou voando acompanhando o barco e pela primeira vez em minha vida não tive vontade de estar no lugar dela. Percebi naquele momento que eu estava me sentido tão feliz e livre como os pássaros.

         Enraizei então: Nada é impossível a quem vive determinado para realizar seus sonhos.

 

 

2 - ¨Ninguém é perfeito¨

 

         Lembro-me de ter ouvido durante a viagem à Grécia essa afirmação em um determinado momento: ¨Confesso que tenho essa crença, mas ninguém é perfeito...¨

         Fiquei pensando sobre essa afirmação e complementei em seguida: ¨Eu discordo¨. Percebi que não permito e não permitirei mais que essa afirmação passe por meus ouvidos e afete minha fé em Deus.

         “ DEUS É ABSOLUTAMENTE PERFEITO”  e como disse Espinosa em sua ¨ Ética¨ – Axima 6 : Uma idéia verdadeira deve concordar com seu ideado¨. Em outras palavras: A perfeição de Deus garante a perfeição de suas criaturas. Afinal, exatamente para que, Deus nos criaria imperfeitos? Não consigo ter uma resposta convincente para essa questão.

         Decidi, então, enraizar minha nova crença: Somos todos perfeitos, em essência, e temos liberdade para escolher nossas representações ainda que não possamos alterar o que está e estará impresso de forma imutável em nosso espírito; Feito por Deus para o Seu propósito.

          À partir desse enraizamento passei , então, a compreender que essa liberdade de escolha deve ser respeitada por mim ( característica essencial para um bom filósofo clínico) da mesma forma que é respeitada por Deus.

         Durante essa viagem e após conviver com vários perfeitos com diferentes representações, compreendi que o que percebo além disso é apenas conseqüência de meu livre-arbítrio, minha representação e vontade ou nada além de uma ¨ Estrutura de Pensamento ¨.

         Essa viagem torna-se assim, um experimento definitivo de como essa nova crença pode me ajudar a conviver melhor com os outros, sem me perder de mim mesma enquanto percorro alguns percursos cercada de ¨outros¨ fragmentos de uma perfeição imutável.

         Portanto, aprendi muito e também fui muito, muito, muito feliz. Exatamente como programei Ser.

 

Elisabeth (São Paulo)

 

anfiteatro junto ao Parthenon

 

 

 


 

 

 

A viagem à Grécia, por vezes para mim foi algo até mesmo erudito e inefável de tanto que me tocara por sentir a  imensidão do ser.

  Este primeiro seminário internacional  de filosofia clínica, pelas experiências vividas e aulas ouvidas,  posso dizer que foram momentos impares da minha carreira clínica.

  Lúcio foi simplesmente maravilhoso tanto pelas  suas aulas quanto na assistência fraternal e solidária a cada um do grupo; em momento algum ele se esquecia de alguém; foi um verdadeiro mestre. Esta viagem foi uma lição de vida e ela se completa a cada instante que efletimos a respeito dela.

  Hoje é 2 de outubro ainda não voltei ser a Hosana antes da ida a Grécia. Será que voltarei? Tenho certeza que não. Quebrei vários paradigmas e também construí novos valores.

  Enfim amei a viagem, aproximei-me do  Lúcio que é um verdadeiro irmão e conheci novas pessoas, além de ter percorrido  Atenas e uma parte do Norte da Grécia, que é simplesmente tudo... e principalmente por ter tido a oportunidade de tocar com as mãos em muitas das peças dos museus.

 

Hosana (Goiânia)

 


 

 

 Ao chegarmos a Atenas  minha Epistemologia despertou a vontade de ouvir, ver e refletir, para compreender melhor o que estava realmente se passando ao meu redor.

Em Atenas, vi a geografia da cidade e a arquitetura das casas e prédios com sua cor branca. O trânsito, mesmo congestionado, sugere uma organização razoável.

Logo após nos instalarmos  e um breve descanso, saímos com o Lúcio  para um passeio nas imediações do hotel.

 De maneira geral, a visita à Grécia nos proporcionou imensuráveis novidades e sensações das mais variadas. A visita que fizemos a vários sítios arqueológicos e a monumentos históricos nos levou a um mergulho na mitologia e a uma gama de reflexões  sobre o passado glorioso  e de seus sábios  que com a sua filosofia venceram a barreira do tempo e chegaram até nós como um legado da humanidade.

 A emoção de subir à Acrópoles e ficar em frente ao Paternon,  envolvida pelas lembranças  da mitologia e da filosofia grega,foi registrada indeléveis sensações  na minha subjetividade existencial.

Lúcio Packter, ao ministrar o seminário de Filosofia Clínica integrado a excursão, nos proporcionou  novos conhecimentos  reflexivos referenciados a historia da filosofia, relacionando a prática da Filosofia Clínica em consultório.

Concluímos a realização desse sonho, com um cruzeiro pelas  ilhas Aegina, Poros e Hydra.

 

Jo (Manaus)

 

 

rocha onde Paulo pela primeira vez pregou na Grécia

 

 


 

 

 

“Já as flores da oliveira são pequenas, brancas e surgem em cachos durante a primavera. As flores têm os dois sexos e são autoférteis.”

Minha vida toda foi de muito estresse e tristeza pelas perdas.  Os últimos diagnósticos: disritmia cerebral e TOC  (especificamente, ruminações mentais, que feio isto!), podem estar comigo desde que nasci, ou foi marcado ao longo da vida. A técnica de cura indicada: a do “pare”.  Pare de pensar!

Na  viagem à Grécia vi templos sagrados maravilhosos, erguidos para abrigar Deuses, que foram desmontados e despedaçados por eventos variados no tempo. Não senti dó nem muita indignação, meus olhos os reconstruíam em minha mente. Senti que estou viva!

Na Quarta feira de manhã na minha mesa  de trabalho  leio no livro: Filosofia Clínica – Propedêutica, pg. 13, a descrição do velho pescador que procura o filósofo clínico numa tarde sol “...e suas mãos estavam cobertas de cicatrizes fundas, que haviam sido causadas pela fricção das linhas ásperas enganchadas em pesados e enormes peixes.”  Amei isto, e parei de ler!

Já na Quinta feira, não tenho vontade de continuar lendo. Isto é o que sinto no momento!

Agradeço muito à atenção que os colegas de viagem deram a mim e à Janaina. Eu e a Janaina, que está crescendo, são as  minhas esperanças, as minhas conquistas, os meus motivos. Daqui a pouco vou continuar lendo!

Acredito que posso reconstruir as ruínas do meu cérebro que foram feitas para abrigar uma Deusa, aquela chamada Bernadete, que só eu conheço. Eu sou!

 

 

Maria (Campo Grande)

 

dançando junto ao mar Jônico

 

 

 

 

Lúcio Packter, em mosteiro em Meteora, norte da Grécia

 

 

 


 

 

    Um grupo de 37 pessoas se dirigiu até Atenas, capital da Grécia, em viagem de estudos, no período de 19 a 27 do mês de setembro de 2009.

    Muita expectativa girava em torno desse grupo de estudiosos da Filosofia Clínica, gerenciado pelo Dr., e filósofo clínico Lúcio Packter criador da citada Filosofia.

    De norte a sul de leste a oeste de nosso território o grupo foi se aglutinando no ponto de partida que foi Guarulhos SP, mestres, alunos e adeptos.   

    Cumprimos uma intensa programação que muito nos encantou, Atenas, Corinto, (local em que esteve o Apóstolo Paulo, por diversas vezes, fazendo suas pregações),   Miscenas, Epidauro, Olímpia, Delfos, Kalambaka, Meteora e as ilhas Poros, Hydra e Aegina onde se colhem os “Pistaches, tradicionais tira-gosto

    Da Grécia antiga restam as cicatrizes, em forma de sítios arqueológicos deixados pelos terremotos, pelas barbáries das guerras que não foram poucas, dos fanatismos e dos saques de obras artísticas e que hoje ornamentam museus de outros países.

   Visitamos os monumentos dos rochedos sagrados de Acrópole incluindo a entrada Propileus, o Pártenon, o pórtico das cores ou Cariátides no Erectéion, o Teatro de Dionísio, Teatro Antigo de Epidauro, a Porta dos Leões em Micenas, o Estádio de Olímpia que tem uma entrada“ Pórtico da Kript” que deu origem as Olimpíadas atuais, Delfos não poderia de ser citado que tem em seu Pórtico “Conheça-te a ti mesmo” que tanto inspirou o filósofo Sócrates.

   Em Meteora os rochedos parecem adquirir formas humanas, em cada lado em que olharmos uma nova figura se deslumbra nesse conjunto de rochas estão incrustados bem no topo, os Monastérios e que parecem que foram colocados ali pelos Deuses.

  Tal qual a Fênix que renasceu das cinzas, A Grécia se ergueu se tornando Contempo-rânea nos deixando um grande legado, desde as primeiras notícias que temos do povo Grego, encontrou o homem no centro de seu pensamento. A forma Humana dos seus deuses o predomínio evidente do problema da forma humana na sua escultura e na pintura, o movimento conseqüente da filosofia desde o problema do cosmo até o problema do homem que culmina em Sócrates, Platão e Aristóteles.   

 

Péricles (Uberlândia)

 

 

colegas reunidos próximo ao Parthenon, em Atenas

 

 

 

Lúcio Packter trabalhando sob uma oliveira, no Parthenon

 

 

 


 

 

 

Essa viagem era um sonho de alguns anos atrás. Ainda na academia de Filosofia, quando assistia a aulas sobre a Grécia e seus filhos ilustres, pensava com muito entusiasmo na possibilidade de um dia pisar nesse lugar fantástico.

     Um belo dia na aula de Especialização em Filosofia Clínica, Lúcio Packter falou que pretendia guiar seus alunos numa viagem com objetivo de estudar tanto a Filosofia como também Filosofia Clínica em solo grego. Fiquei maravilhada! Acreditei que era possível realizar este sonho.

     Sinceramente, não criei expectativas com relação a essa viagem. Sabia que me proporcionaria conhecimento, pois a Grécia é o berço da sabedoria, e que enriqueceria minha vida pessoal e profissional.

     Hoje, lembro-me com muita saudade o que eu vivi na Grécia: as caminhadas pelas ruas de Atenas, onde era possível ver a Acrópole, o Pártenon, Teatro de Dionísio, a Porta de Adriano, as Cariátides no Erectérion e outros monumentos com suas histórias e beleza; os Museus com sua arte impecável; as Igrejas Cristã Ortodoxa e Bizantina; as pessoas, as carros; os cachorros e gatos; O clima de outono; O hotel onde ficamos em Atenas, tão aconchegante e possuidor de um terraço com vista maravilhosa do Pártenon, tanto de dia quanto á noite; a bela arquitetura das avenidas e ruas; o jantar no restaurante tradicional no bairro de Plaka com música e dança típicas; o local onde o apóstolo Paulo pregou o Deus desconhecido para os atenienses... Do circuito clássico que fizemos em quatro dias por vários locais, região do Peloponeso, cidades e aldeias gregas como o Canal de Corintos, o  Teatro de Epidauro, Micenas, o Estádio Antigo em Olímpia, os Sítios Arqueológicos, o Museu de Delfos, os Mosteiros da era bizantina no alto dos rochedos em Meteora, o Túmulo de Agamenon, o Cruzeiro nas três ilhas gregas (Poros, Hydra e Egina). Foi muito divertido o almoço no navio, pois fizeram um show com músicas e danças grega, cantaram músicas brasileiras, como Garota de Ipanema e alguns sambas. Ah! Só deu brasileiros. Dançamos vários ritmos.

     Foi maravilhoso o passeio a pé e de ônibus (na última ilha) pelas ruas coloridas e sossegadas das ilhas; A guia grega que falava português (de Portugal) com sabedoria e inteligência nos embalava com as histórias da Grécia antiga, sobre seus monumentos, sítios arqueológicos, mitologia e arte; As aulas de Filosofia Clínica ministradas por Lúcio Packter dentro do ônibus, oportunidade em que ele fazia uma correlação entre a circunstância da viagem (vivência do tempo presente e do estudo sobre a Grécia antiga) com o instrumental da Filosofia Clínica percorrendo vários pontos (Tópicos e Submodos) na existência (Estrutura de Pensamento) de uma pessoa (no caso, os passageiros em trânsito).

     Enfim, essa viagem foi de uma grandeza existencial considerável, pois me tornou melhor como ser humano com relação a mim mesma, ao mundo e ao outro. Sinto-me engrandecida e maravilhada.

 

Ruth (Teresina)

 

troca de guardas em Atenas

 

 

 

 

mosteiro em Meteora, Kalambaca

 

 

 


 

 

Faltam palavras para qualificar o que pude vivenciar nesta viagem. Também pudera, sob a batuta do Lúcio, não somente pela sua vasta experiência, mas sobretudo pela sua sabedoria e sutileza. Isto pode ser constatado no roteiro milimetricamente planejado por ele. Cada um deve ter vivido a sua própria experiência. No meu caso particular, vi num primeiro momento e ao longo do percurso até Meteore, a minha fé cristã sendo abalada. Mas na última parada, ao visitar o mosteiro de Roussano em Meteore, percebi que houve uma reconstrução no meu íntimo, e retorno ao Brasil com a minha fé cristã ainda mais fortalecida. Também entre uma parada e outra, ao longo da viagem entre Atenas e Meteore, o  Lúcio nos presenteava com riquíssimos exercícios. Naturalmente, guardado as devidas proporções, diante da minha ignorância no que diz respeito a Filosofia Clínica, me chamou atenção a grande unidade que existe na aplicação da metodologia, diante das narrativas de casos de filosofia clínica que tive oportunidade de ouvir. Acredito que o sucesso desta nova área do conhecimento, esteja na unidade do pensamento daqueles que transferem tal conhecimento aos que ingressam nessa nova área do saber. Também retorno ao Brasil, fortalecido na convicção de me ingressar nos estudos da filosofia clínica. Grato, Lúcio, por esta grande oportunidade, aceitando-me como aprendiz de Filosofia Clínica na fantástica, extraordinária, desafiadora e inesquecível VIAGEM À GRÉCIA.

 

Takao (Juiz de Fora)

 

 

 

Teatro Epidauro

 


 

 

Bom dia, bom dia Grécia!

Assim como inúmeros pássaros migram em determinadas épocas a outros países, na busca da própria sobrevivência, considerando a necessidade de usufruir as vantagens de clima adequado, alimentação apropriada e o acasalamento em prol da continuação da espécie.

Hoje, vinte de Setembro de dois mil e nove, também chegamos à Grécia em uma comitiva, formada por trinta e sete filósofos brasileiros, caracterizando assim, o primeiro vôo internacional, em favor de nossos sonhos e ideais. Dentre o grupo estão Especialistas em Clínica Filosófica, (certificado B) Filósofos Clínicos (certificado A) e Doutorandos em Filosofia Clínica.

Uma das mais belas realizações que para alguns de nós parecia impossível. No entanto, aqui estamos, famintos e sedentos de conhecimento filosófico e histórico, dispostos a beber água da fonte deixada pelo grande Sócrates, quando disse as frases bem conhecidas e questionadas pelas gerações atuais:

“Conhece-te a ti mesmo” 

“Só sei que nada sei”

Portanto, nós, a exemplo dos pássaros que saem em grandes revoadas, voamos até a Grécia, movidos pelo tópico “Emoção” da Estrutura de Pensamento, dispostos a  percepcionar “Como o mundo parece”, de forma subjetiva.  Mas ao mesmo tempo somos alunos e discípulos de outro mestre contemporâneo, que ao respirar o ar da Grécia, em tempos atrás sistematizou a Filosofia Clínica, como filha da Filosofia Acadêmica, o professor Lucio Packter e graças ao seu convite: “- VAMOS À GRÉCIA PESSOAL!!!”, aqui chegamos.

Entre os muitos convidados, poucos escolheram a si próprio e aqui estamos sendo orientados e supervisionados por esta pessoa que traz em sua alma a essência do verdadeiro filósofo dos nossos dias, e que com tanta alegria nos administrou um estudo de campo, em terras gregas, onde visitamos a Grécia Clássica, algumas Ilhas, Atenas com sua exuberante arquitetura e Acrópoles. Foi realmente encantador, estar na Grécia, muito bom!

Agora de volta ao Brasil, trouxemos em nossa bagagem intelectual um acervo que jamais será esquecido.

 

Zélia (Manaus)

 

         

 

 


 

 

parte I (Atenas)

parte II (Epidauro, Corinto)

parte III (Olimpia e Delfos)

parte IV  (Meteora)

passeando pelo centro de Atenas

depoimentos e fotos de alguns colegas sobre a viagem

 

www.filosofiaclinica.com.br

cartas de Lúcio Packter que antecederam a viagem

 

 

 

 

Programa

 

 

Dicas de viagem, escritos por Lúcio Packter

 

parte I

parte II

parte III

parte IV

parte V

parte VI

parte VII

parte VIII

parte IX

parte X

parte XI

parte XII

parte XIII

parte XIV

parte XV

parte XVI

parte XVII

parte XVIII

parte XIX

parte XX

parte XXI

parte XXII

parte XXIII

parte XXIV

parte XXV

parte XXVI

parte XXVII

parte XXVIII 

parte XXIX

parte XXX

parte XXXI 

parte XXXII 

parte XXXIII

parte XXXIV

parte XXXV

parte XXXVI

parte XXXVII

parte XXXVIII

parte XXXIX

parte XL

parte XLI

parte XLII

parte XLIII

parte XLIV

parte XLV

parte XLVI

parte XLVII

parte XLVIII

 

cartas após a viagem

 

parte XLIX

parte L

parte LI